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Dom Odilo destaca as virtudes de Santo Antônio: humilde, pregador, penitente e atento aos pobres 5b4f2t

13/06/2025

Notícias

Foto: Fernando Arthur/O SÃO PAULO

Na memória litúrgica de Santo Antônio, presbítero e doutor da Igreja, o Cardeal Odilo Pedro Scherer presidiu missa, no início da manhã desta sexta-feira, 13, na Paróquia Santo Antônio do Pari, na Região Sé, com a comunidade de fiéis e os frades da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil, que em 2025 celebra 350 anos de sua criação. Também vem sendo comemorado ao longo de todo este período os 800 anos do Cântico das Criaturas, um grande louvor do Santo a Deus pelas obras da criação.

Após ser saudado pelo Frei Gilberto Marcos Sessino Piscitelli, Pároco, Dom Odilo recordou que Santo Antônio é muito querido pelos católicos em todo o mundo e que a comunidade franciscana tem muitos neste ano de 2025 para celebrar e agradecer a Deus, renovando a esperança, conforme lembra o tema do Jubileu. “Santo Antônio nos incentiva a viver na esperança”, sublinhou.

Testemunho de humildade

Na homilia, Dom Odilo recordou que Santo Antônio (1195-1231) foi muito importante para a Ordem Franciscana em seu início, por ter ajudado São Francisco de Assis com seus profundos conhecimentos como teólogo.

Entretanto, mesmo sábio e muito inteligente, Santo Antônio viveu profundamente a humildade: “Ele trabalhava na cozinha, na despensa, fazendo os serviços humildes da casa. E a humildade é justamente a gente se colocar junto com os outros, não pretender estar um pouco acima dos outros”, destacou Dom Odilo, ressaltando que este é um exemplo a ser seguido por todos os cristãos, já que o próprio Cristo disse que veio para servir não para ser servido.

“O cristão deve viver também essa atitude da humildade, que não é a anulação de si, não é negar suas qualidades e capacidades, mas colocá-las a serviço dos irmãos. Deus ama os que são humildes, os que vivem a simplicidade, mas detesta os soberbos. Santo Antônio, um homem humilde, tem muito a nos ensinar”, sublinhou Dom Odilo.

Pregador e penitente

O Arcebispo também destacou que Santo Antônio foi um grande pregador do Evangelho e missionário popular, uma atitude a todo tempo necessária: “Também hoje, nós precisamos pregar, anunciar”, disse Dom Odilo, lembrando aos fiéis que não se deve pensar que todos já conheçam as verdades do Evangelho, e que a transmissão da fé deve começar em casa, de geração em geração, com palavras e exemplos concretos; e se dar de modo permanente pela Catequese, retiros e encontros formativos.

O Cardeal também destacou que Santo Antônio foi um homem penitente, alguém que sempre se via como um pecador que mais e mais queria se converter a Deus. O Arcebispo destacou que quem faz penitência reconhece aquilo que precisa melhorar em si para se aproximar mais de Deus.

“Precisamos fazer Penitência na vida. Jesus unia a penitência e a oração. A oração e a penitência nos mantêm no caminho de Deus, e mantêm a consciência do nosso viver enquanto cristãos, enquanto filhos de Deus”, insistiu.

Atenção aos mais pobres

Fernando Arthur/O SÃO PAULO

Ainda na homilia, Dom Odilo recordou a atenção de Santo Antônio com os mais pobres, razão pela qual ele é tão querido ainda hoje: “Santo Antônio dos Pobres! Sim, ele fazia muito benefício aos pobres, tinha um grande amor aos pobres, é por isso que hoje se benze o pão de Santo Antônio”.

Esse pão que é abençoado, porém, não deve ser guardado na crença de que trará fartura para quem o tiver, mas deve ser sinal de partilha: “O pão que é benzido hoje é para ser repartido: leve para casa, reparta o pão ou, então, reparta com os pobres. Esse é o sentido da bênção do pão de Santo Antônio, não é para ter um amuleto em casa”, insistiu, destacando os ensinamentos de Jesus para que não se feche o coração e os olhos aos mais pobres.

Dom Odilo também falou sobre a piedade popular de Santo Antônio como santo casamenteiro, fama que decorre do fato de uma moça tê-lo procurado pedindo que a ajudasse a encontrar um bom marido, e que ele a abençoou e tempos depois a mulher se casou. O Arcebispo disse que é positivo que as pessoas rezem ao Santo para que possam se casar bem na Igreja, fazer uma boa preparação para o Matrimônio e bem vivê-lo para ter uma família abençoada.

“Quanto nós precisamos disso hoje: valorizar o casamento, valorizar a vida em família! Que Santo Antônio interceda pelas famílias, pelos namorados, pelos jovens casais, e por todos os casais, e ajude a viver bem o casamento, a vida em família, como Deus quer”, comentou.

Mais do que milagres

Por fim, o Arcebispo exortou os fiéis que sempre aprendam mais e mais sobre os santos: “Mais do que fazer milagres, os santos nos ensinam, nos estimulam, nos encorajam. Os santos são para nós sempre esse sinal de superação e esperança, e a esperança não se reduz aos bens desta vida, mas à grande esperança, esperança da vida eterna, da salvação, da redenção, da misericórdia de Deus. Que Deus nos ajude e que a imitação de Santo Antônio possa nos ajudar a viver bem como cristãos, como católicos e filhos da Igreja”.

Além da missa com Dom Odilo às 7h30, outra ocorreu às 9h, presidida por Dom Rogério Augusto das Neves, Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Sé. Ainda haverá missa às 10h30, 12h, 13h30, 15h, 17h e 19h, após a qual acontecerá a procissão com a imagem do Santo.  A igreja está localizada na Praça Padre Bento, s/n, Pari.

Igreja centenária

A festa do padroeiro deste ano também acontece no contexto da celebração dos cem anos da conclusão das obras do atual templo.

Segundo o site dos Franciscanos, a Paróquia Santo Antônio do Pari foi fundada em 2 de fevereiro de 1914 por Dom Duarte Leopoldo e Silva, funcionando inicialmente na sala de um sobrado alugado pelo Frei José Rolim, primeiro Pároco. Tempos depois, o senhor  Arthur Vautier, proprietário de vastos terrenos no bairro, vendo o dinamismo do frade português, doou um terreno para a construção de uma igreja.

Em agosto de 1922, tendo como vigário e superior do Pari, Frei Olivério Kraemer, teve início a construção da matriz paroquial, que foi entregue ao culto divino em 13 de junho de 1924 e teve as obras concluídas exatamente um ano depois, em 13 de junho de 1925.


Daniel Gomes- Jornal O São Paulo